segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Retorno

Bom pessoal, depois de algum tempo fora resolvi volta com o blog
ainda tera muitas notiçias novas e varias novidades entao aproveitem

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

sábado, 23 de agosto de 2008

Titanossauro

Nome Cientifíco: Titanosaurus SP
Tamanho: 12 metros de comprimento e 6 de altura
Alimentação: Herbivóra
Periodo: Cretácio
Peso: Cerca de 9 toneladas
Viveu: America do Sul
O Titanossauro era um dinossauro herbívoro, saurópode, que media cerca de l2 m de comprimento por 6 metros de altura, sendo considerado um dos maiores "dinossauros brasileiros" , reconhecido em diversas regiões do Brasil através de fósseis, dentes e ovos. O Titanossauro viveu a 100 milhões de anos atrás comendo folhas no topo das árvores há aproximadamente 6 metros de altura.
longos e finos. Acredita-se que esta variação dentaria refletiria hábitos alimentares diferentes.Dentre os saurópodes, existem alguns dos maiores animais que já caminharam sobre a Terra. Entre estes, talvez o maior seja o Seismossaurus, encontrado no Novo México, nos Estados Unidos. Acredita-se que tenha atingido 50 metros de comprimentos e que pesava entre 40 e 50 toneladas. Mas, também, existem formas comparativamente pequenas, com adultos atingindo menos de 5 metros de comprimento. Algumas formas tinham pescoços bem longos e cauda proporcionalmente, curta como Brachiossaurus, outros tinham pescoços e caudas mais compridos do que a media, como os representantes de Diplodocidade, que tem como protótipo Diplodocus. Mas as variações não terminam aí: algumas formas tinham espinhos nas outras placas e assim por diante.Representantes dos saurópodes podem ser encontrados em praticamente todos os continentes, mas as formas coletadas no Brasil pertencem a um grupo particular que é chamada de Titanossauridae. Popularmente conhecidos como titanossauros, estes dinossauros variavam de 6 a 20 metros de comprimento. Possuíam crânios pequenos, com dentes finos, longos e pontudos. Entre as suas características diagnosticas a mais facilmente observada é o formato particular do encaixe das vértebras caudais, a parte de trás da vértebra tem uma superfície bem convexa que se encaixa em uma profunda depressão que existe na parte anterior da vértebra seguinte.Os titanossauros são bastante interessantes pois por muitos anos foram apenas encontrados em áreas do Gondwana, continente que compreendia a África, a América do Sul e a Índia, entre outras áreas. Mais recentemente, demais formas de titanossauros foram encontradas, de maneira mais restrita, na Europa e uma espécie nos Estados Unidos. Isto levou à hipótese de que estes sauropódes originam-se no Gondwana e em tempos posteriores migram, de alguma forma, para a América do Norte e Europa.Restos de titanosauros foram encontrados no Brasil. A ocorrência destes répteis gigantes foi registradas nas rochas sedimentares do Grupo Bauru, que se depositaram aproximadamente 80 milhões de anos atrás. As localidades principais são encontrados nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso. Destas, as imediações de Peirópolis, povoado perto da cidade de Uberaba. Ali foram coletadas algumas centenas de ossos e dentes. Recentemente foi encontrado uma pequena placa óssea oval (osteodermo), indicando que pelo menos uma forma de titanossauro brasileiro tinha parte de seu corpo revestida por placas ósseas. Material similar já foi encontrado na Argentina e em Madagascar.Apesar de todas estas riquezas, poucas foram as espécies descritas até o presente momento. No total existem pelo menos quatro espécies distintas, ainda não denominadas, que variam de acordo com as proporções e a forma das vértebras. Possivelmente estes animais viviam em grandes manadas, ocupando as áreas alagadas ao longo dos rios da época, que se espraiavam por uma planura que ocupava boa parte da região central do Brasil. Quando morriam, seus cadáveres eram devorados por animais carniceiros e os seus ossos espalhavam-se e ficavam expostos, secando ao sol do Cretáceo. Finalmente, na primeira enxurrada, os restos destes dinossauros eram levados pela força das águas, para partes mais baixas, onde se petrificavam e são encontrados hoje em dia pelos paleontólogos.Uma ocorrência de titanossauros criou um grande interesse na comunidade científica nos anos cinqüenta: um ovo! Este ovo tem um diâmetro de aproximadamente 15 centímetros e uma forma arredondada. Esta descoberta foi o primeiro ovo de dinossauros registrados na América do sul e demonstra o potencial brasileiro para mais achados deste tipo.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Apatossauro


Nome: Apatossauro ajax,ou Brontossauro("dino trovao")
Tamanho: 3,60 nos ombros altura , 21 metros de comprimento
Alimentaçao: Herbivóra
Viveu: America do Norte
Orden, Suborden, Familha: Saurichias,Sauropodomorpha,Diplodocidae
Peso: 30 Toneladas
Periodo: Jurassico tardio
O Apatosaurus ajax, mais conhecido como brontossauro, movimentava-se constantemente, alimentando-se dia e noite. Quando eles passavam, o chão tremia porque um animal adulto pesava o equivalente a cinco elefantes. A idéia do estrondo que um animal podia fazer ao caminhar deu nome ao brontossauro, o "lagarto trovão". O nome apatossauro foi usado inicialmente para esse dinossauro, portanto é o nome correto, mas seu significado literal, "réptil sorrateiro", dificilmente se aplicaria a um gigante como ele. Com altura de 3,60 metros nos ombros, comprimento de cerca de 21 metros e peso de 30 toneladas, esse pacífico herbívoro não era capaz de se esconder ou desaparecer no cenário.

Cranio de Apatossauro
Alguns anos atrás, um dos mais célebres erros da história da ciência foi identificado: o esqueleto de brontossauro em exibição no Museu Carnegie de História Natural, em Pittsburgh, portava o crânio errado. O crânio de um camarassauro, que pertencia a família diferente, havia sido instalado no esqueleto. O brontossauro foi localizado quase completo, quando escavado, mas sem cabeça. Na época, o melhor palpite era o de que seu crânio se assemelhava ao do camarassauro, com perfil arredondado e obtuso, grandes dentes usados para esmagar alimentos, e mandíbulas poderosas. Os cientistas que perceberam o erro estudaram os mapas da escavação onde todos os ossos haviam sido localizados e perceberam que o crânio correto havia se separado do corpo por alguns metros, antes da fossilização. O crânio verdadeiro também era parte do acervo do Museu Carnegie. O crânio do brontossauro se assemelhava bastante ao do diplodoco, com um perfil alongado e fino, e dentes pequenos e delicados na porção frontal da mandíbula.
O pescoço do brontossauro era pequeno, perto da cabeça, mas a base do pescoço, perto do corpo, era bem larga, e os ossos do pescoço eram longos e maciços. A despeito de seu pescoço longo, a capacidade de elevar a cabeça dos brontossauros era limitada, e eles provavelmente não podiam erguê-las muito acima dos ombros.
Os ossos da porção média do corpo eram imensos. As costelas eram longas e retas, e as vértebras eram grandes, mas apresentavam porções ocas que as tornavam mais leves, sem lhes tirar a força. As pernas eram retas e fortes, como as de um elefante, com pequenos e curtos dedos. Os dedos das patas dianteiras não tinham garras afiadas, exceto o interno, que tinha uma garra apontada para o lado de dentro. Os pés traseiros tinham três garras ligeiramente parecidas com o casco de uma vaca.
O brontossauro era mais alto nos quadris que nos ombros. A altura de um animal crescido era de cerca de 4,5 metros nos quadris. As ancas eram largas e os ossos da bacia precisavam suportar o imenso desgaste das caminhadas de um corpo tão pesado. Os ossos da cauda perto da parte frontal eram também imensos e todos dispunham de protrusões altas às quais os músculos se apegavam para manter a cauda longe do chão. A cauda pesava diversas toneladas, provavelmente, e seu uso mais plausível era facilitar o equilíbrio do apatossauro ao caminhar. O comprimento da cauda, cerca de nove metros até a ponta, provavelmente ajudava na distribuição do peso.
Os primeiros paleontologistas tinham muitas idéias erradas sobre o brontossauro. Devido ao seu tamanho, os cientistas acreditavam que possa ter vivido na água. Na verdade, os animais viviam em locais semi-áridos. As pegadas mostram que caminhavam em terra e seus esqueletos não exibem adaptações relacionadas a uma vida na água.
Por muitos anos, artistas e cientistas desenharam brontossauros e seus parentes arrastando as caudas no chão ao caminhar, mas não há provas disso. As pegadas dos saurópodes não apresentam marcas de cauda e os ossos da cauda não mostram sinais de dano ou desgaste. Além disso, uma cauda de duas a três toneladas se prenderia em plantas ou em rachaduras nas rochas, caso fosse arrastada. O brontossauro carregava sua cauda bem longe do corpo e ela se movia graciosamente a fim de ajudá-lo a preservar o equilíbrio.
Outra idéia errada surgiu porque o esqueleto foi montado de modo incorreto. O brontossauro foi montado com as patas abertas, o que indicaria que ele caminhava com movimento pronunciado dos quadris. As pegadas demonstram que os saurópodes posicionavam os pés quase exatamente sob o centro de seus corpos, ao caminhar. É provável que caminhassem de maneira tão graciosa e tão eficiente quanto os elefantes.
O brontossauro, assim como os demais saurópodes, era herbívoro. Os paleontologistas argumentam sobre que métodos ele empregava para comer o bastante para manter vivo seu corpo de 30 toneladas. O crânio e as mandíbulas parecem pequenos demais para a ingestão de volume suficiente de comida. Além disso, as plantas dominantes da época, as coníferas, não eram nutritivas o bastante para esses gigantes. Uma adaptação que ajudava em sua digestão eram os gastrólitos, ou "pedras estomacais", em seus aparelhos digestivos. Os dinossauros engoliam pequenas pedras que ajudavam a triturar as plantas em seus estômagos. Gastrólitos são ocasionalmente encontrados em escavações de brontossauros e de seus parentes.Os bontossauros adultos tinham poucos inimigos, mas os mais jovens seriam presas fáceis para predadores gigantes como os alossauros e os ceratossauros. Os jovens provavelmente se mantinham próximos de seus pais e de outros adultos, que os protegiam contra ataques. Um conjunto de pegadas de dinossauros no Texas demonstra que, em um rebanho de saurópodes, os adultos se moviam do lado de fora e os animais mais jovens ficavam perto do centro do grupo.
O brontossauro era um dos saurópodes mais comuns. Restos do animal foram encontrados em Utah, no Colorado e em Wyoming, mas ele pode ter vivido também mais ao sul e mais ao norte. Esqueletos e restaurações de brontossauros estão entre os exemplares mais comuns em museus porque poucos dinossauros eram maiores. Trata-se do mais estudado dos saurópodes.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Dinossauros do artico


"ATENÇAO:a postagen a seguir foi copiada e colada por causa da minha falta de tempo HJ"
Com mais umas passadas de pincel, o osso sobre o qual me debruçava de repente ficou nítido. Eu estava olhando para o focinho de um Pachyrhinosaurus, um dinossauro com chifres particularmente esquisito, parente raro do Triceratops. Não era o primeiro fóssil da criatura encontrado no Alasca, mas eu já podia ver nesse crânio partes que não haviam sido preservadas nos outros. Mais escavações revelaram os ossos e dentes de pelo menos três outras espécies de dinossauro. Levaria mais um ano para que eu me desse conta de que estávamos sentados em cima de mais sete crânios de Pachyrhinosaurus. Tinham idades parecidas e provavelmente haviam morrido juntos numa enchente ou outra catástrofe. Era a primeira evidência de que dinossauros ao norte do Círculo Polar Ártico tinham comportamento gregário.Eu havia chegado a esse penhasco sobre o rio Colville no verão de 2002, com colegas do Museu de História Natural de Dallas, da Universidade Metodista do Sul e da Universidade do Alasca, para escavar o crânio de um Pachyrhinosaurus que eu havia descoberto no ano anterior. O sítio tinha sido encontrado por pesquisadores da Universidade do Alasca, e agora, quase uma década depois, começávamos a achar que poderia conter um conjunto valioso de fósseis. Ninguém ainda escavou um esqueleto completo de dinossauro nesse sítio ou em qualquer outro no Alasca. Mesmo assim, meu grupo e outros paleontólogos conseguiram identificar, a partir de esqueletos parciais, ossos isolados, dentes e pegadas, oito espécies que ocuparam a região na mesma época . Todos vêm do período Cretáceo, que durou de 145 milhões a 65 milhões de anos atrás. A maioria desses fósseis data do final do Cretáceo, de 75 milhões a 70 milhões de anos atrás, cerca de 5 milhões de anos antes da extinção dos dinossauros.
Nosso trabalho ainda está no início, mas já começamos a obter alguns detalhes importantes sobre os grandes répteis que viviam no topo do mundo nessa época e as adaptações que lhes permitiram colonizar esse ambiente.O ElencoQuatro das espécies já encontradas comiam plantas, e as demais, pertencentes ao chamado grupo dos terópodes, predavam os vegetarianos e outras criaturas. A área mais rica do estado, tanto em herbívoros quanto em predadores, é a porção norte, conhecida como Ladeira Norte. O Edmontosaurus, membro do grupo dos hadrossauros, é o tipo mais comum da região e, portanto, é também o mais estudado. Os hadrossauros - dinossauros grandes e herbívoros - também são conhecidos como bicos-de-pato, devido a seu focinho largo e achatado. Diferentemente dos patos, no entanto, possuíam centenas de dentes, capazes de moer as plantas duras das quais se alimentavam. Eram capazes de ficar apoiados nas patas de trás para alcançar a folhagem mais alta, embora se deslocassem sobre quatro patas, talvez com um andar meio rebolado, porque os membros traseiros eram mais compridos que as dianteiros. Muitos hadrossauros no resto do mundo tinham enfeites na cabeça, ou cristas, mas não o Edmontosaurus. Com um peso que variava entre 1.400 kg e 1.800 kg, o Edmontosaurus está entre os maiores de seu grupo na América do Norte. Assim como os outros hadrossauros, eles eram animais sociais, que formavam rebanhos. É possível inferir isso por meio de seus ossos, que têm sido encontrados em pilhas em vários locais do norte do Alasca, como se grupos deles tivessem morrido numa inundação-relâmpago.Todos os dinossauros encontrados até agora no Alasca também foram descobertos em outras partes da América do Norte, de forma que não podemos destacar uma espécie que seja típica das regiões boreais. No entanto, encontramos menos variedades de dinossauro nessas latitudes. Esse padrão de redução da biodiversidade à medida que a latitude aumenta segue a tendência vista nas populações animais modernas e, assim como hoje, pode ser resultado da quantidade limitada de recursos existente no extremo norte.O Alasca não é o único local surpreendente a abrigar dinossauros. Nas proximidades do Pólo Sul, Judd Case e seus colegas do St. Mary\\'s College, Califórnia, encontraram registros de dinossauros em rochas de idade semelhante. Esses pesquisadores desenterraram restos fragmentários de terópodes, hadrossauros e diversos outros tipos de grande réptil. Patricia Vickers-Rich e Thomas Hewitt Rich, da Universidade Monash, Austrália, identificaram dinossauros que viveram perto do Pólo Sul num período muito mais antigo (ver "Resistência na Antártida", edição especial Dinossauros e Outros Monstros, junho de 2004).
Como Eles Foram Parar Lá?Como os dinossauros chegaram ao extremo norte do planeta? É mais que provável que eles tenham vindo da Ásia, porque as formas ancestrais de quase todas as famílias de dinossauros do Cretáceo encontrados na América do Norte existiram na Ásia. A maioria dos paleontólogos acredita que alguns desses animais tenham migrado através de uma ponte terrestre, exposta por uma queda no nível do mar, no lugar que hoje é o estreito de Bering . A configuração das placas continentais durante o Cretáceo sugere que o intervalo mais antigo durante o qual elas estiveram na posição certa aconteceu por volta de 100 milhões de anos atrás - e essa ligação deve ter sido exposta até três vezes durante o período.Alguns dos imigrantes provavelmente acabaram ficando no extremo norte, porque o ambiente ali supria suas necessidades. Outros continuaram rumo ao sul. Uma espécie, no entanto, parece ter tomado um caminho diferente: o Alamosaurus, dinossauro herbívoro de 20 metros de comprimento, teria chegado por uma rota migratória que vinha do sul - vestígios de seus ancestrais são encontrados na América do Sul e na África.O Alasca é feito de enormes blocos geológicos, alguns dos quais se originaram em pontos distantes de sua localização atual. Durante o Cretáceo, no entanto, muitos desses pedaços de terra já estavam perto de sua latitude atual, ou até mesmo mais para o norte. Assim, os fósseis de dinossauro encontrados no estado não foram seqüestrados de climas distantes depois da morte das criaturas e levados para lá a bordo de placas em movimento; eles efetivamente viveram em altas latitudes durante o Cretáceo. Mas será que ficavam lá o ano inteiro? E, se ficavam, como conseguiam?A resposta exige que saibamos como era o clima do Alasca há 70 milhões de anos. É bem verdade que o mundo era mais quente, mas o clima nas altas latitudes era desafiador da mesma forma, com invernos frios e cheios de neve e vários meses de escuridão. Dados climatológicos obtidos a partir de pólen, folhas e madeira fossilizados indicam que as florestas cretáceas do norte incluíam coníferas decíduas e um sub-bosque de plantas com flores, samambaias e cicadáceas. Hoje, florestas mistas de coníferas ocupam uma faixa climática ampla, mas bem-definida, na qual as temperaturas médias vão de 3oC a 13oC - o que sugere que a temperatura anual média do Alasca fosse similar.
Um dos aspectos surpreendentes do Ártico moderno é o ângulo de incidência da luz solar e a duração do dia. Ao norte do Círculo Ártico, a escuridão ocupa uma parte cada vez maior dos dias até o solstício de inverno (22 de dezembro), quando o sol não nasce. Durante o Cretáceo, o Alasca setentrional estava ainda mais ao norte do que hoje; portanto, os dinossauros que vivessem lá deveriam possuir mecanismos para lidar tanto com o frio quanto com a escuridão.Não sabemos explicar inteiramente como eles sobreviveram. Parece improvável que um hadrossauro de 10 metros fizesse um buraco no chão e hibernasse. No entanto, durante períodos de estresse ambiental, alguns animais conseguem reduzir suas taxas metabólicas para diminuir a necessidade de comida. Talvez os dinossauros árticos fizessem algo parecido sem atingir um estado "oficial" de hibernação. Na tentativa de explicar como os hadrossauros sobreviviam ao clima hostil, o já falecido Nicholas Hotton III, da Instituição Smithsonian, sugeriu que eles migravam milhares de quilômetros para encontrar forragem, temperaturas mais altas e melhores condições de luz. Mais tarde, outros pesquisadores usaram os caribus (renas norte-americanas) para apoiar teorias sobre a migração dos dinossauros do Ártico.Caribus ComparadosA fim de investigar a probabilidade de que isso tenha acontecido, eu e Roland Gangloff, do Museu da Universidade do Alasca, decidimos investigar se os caribus fornecem uma boa analogia. Primeiro, comparamos o tamanho do corpo de adultos e jovens em três rebanhos de caribus do Ártico. Descobrimos que os jovens atingem de 80% a 85% do tamanho dos adultos e de 53% a 74% de sua massa quando a migração começa.Então, analisamos os fósseis de hadrossauro. A estrutura celular dos ossos indica claramente que os animais pequenos eram filhotes de pelo menos um ano de idade. O comprimento dos ossos dos indivíduos jovens indica que eles tinham de 27% a 37% do tamanho de um adulto e 11% de sua massa. Os filhotes, portanto, eram relativamente muito menores com um ano de idade do que os caribus jovens à época de sua migração sazonal. Portanto, parece improvável que os hadrossauros do Ártico migrassem a grandes distâncias. No entanto, ainda não descobrimos ninhos ou ovos, que certamente seriam a evidência final de que os dinossauros permaneciam o ano inteiro no Alasca.
Mas, se ficavam por lá o ano inteiro, o que comiam durante os meses de inverno? Presumimos que os predadores continuassem a comer carne, porque os padrões de desgaste em seus dentes não sugerem uma mudança de dieta no decorrer do ano.Não sabemos exatamente de que se alimentavam os dinossauros herbívoros. Mas o Edmontosaurus nos oferece uma oportunidade de especular, porque sua distribuição ia do norte do Alasca ao Texas. Hoje, outro vertebrado herbívoro - o carneiro montês da América do Norte - tem um território comparável. A dieta dos carneiros das latitudes meridionais é mais restrita que a dos animais do norte, provavelmente porque os primeiros têm mais recursos disponíveis e podem se dar ao luxo de ser mais especializados. De forma análoga, os edmontossauros do norte podem ter tido uma dieta mais generalista que a de seus companheiros do sul.O Troodon é, no momento, o exemplo mais claro de adaptação ao frio. Esse pequeno dinossauro carnívoro, conhecido principalmente por seus dentes, é raro em localidades mais meridionais, como Alberta, Montana e Texas. Por outro lado, dentes isolados do animal são muito comuns no Alasca, o que sugere que a população era grande e difundida. O que diferencia o Troodon - em qualquer latitude - de outros dinossauros predadores são seus olhos, excepcionalmente grandes. Entre os animais modernos, olhos proporcionalmente grandes tendem a ser uma adaptação à vida em ambientes com pouca luz. Ele deve ter sido pré-adaptado às condições das altas latitudes, o que lhe deu uma vantagem competitiva e o tornou o predador mais abundante do ecossistema setentrional.
Se o Troodon estava bem adaptado à pouca luz dos invernos árticos, é de se imaginar como atuaria durante os longos períodos de luz nos meses mais quentes. Nessas ocasiões, a floresta pode ter fornecido refúgio. Qualquer um que já tenha entrado numa floresta relativamente densa pôde notar como a luz na mata é mais tênue do que em campo aberto. Num ambiente desses, os grandes olhos do Troodon ainda teriam contribuído para fazer dele um predador temível.Olhos ÚnicosNão temos como confirmar o tamanho dos olhos de outros dinossauros que viveram no Alasca, porque essas partes dos crânios são apenas fragmentos ou os ossos ainda estão sendo preparados para estudo. Embora os dinossauros descritos no sul da Austrália por Tom e Pat Rich sejam muito mais velhos e bem diferentes, os Rich notaram um padrão de diâmetro orbital crescente para alguns dinossauros.O interessante é que os Troodon do Ártico eram quase duas vezes maiores que os de localidades mais ao sul. Essa diferença contrasta de forma marcante com o padrão inferido através da medição de ossos de dinossauros herbívoros da Ladeira Norte, que estão na mesma faixa de tamanho dos herbívoros de latitudes mais baixas. Talvez os olhos grandes do Troodon tenham dado à espécie uma vantagem competitiva, permitindo que ele se tornasse o principal predador do ecossistema e aumentasse de tamanho. Observadores notaram um fenômeno similar em ecossistemas modernos: em lugares dos quais os lobos foram removidos, os coiotes algumas vezes aumentam de tamanho.
Muitas questões sobre essas criaturas extraordinárias ainda precisam ser respondidas. Uma das mais fascinantes é se elas podem ter sobrevivido à catástrofe que matou os dinossauros em outras partes do mundo durante o Cretáceo.A maioria dos paleontólogos acredita que a queda de um grande meteorito levou os dinossauros à extinção. O local mais provável do impacto é a cratera de Chicxulub, no México. Para estudar os efeitos de longo alcance de um impacto desses, seria ideal fazer pesquisas em um lugar bem distante do sítio de impacto, um lugar como o Alasca. Infelizmente, não encontramos nenhum fóssil de dinossauro na região com a idade certa para responder se esses grandes répteis morreram abrupta ou gradualmente. Restos de pólen fóssil, no entanto, fornecem evidências assombrosas de que alguns trechos de rochas da Ladeira Norte e outros lugares do Alasca têm a idade exata para lançar luz sobre a extinção, se ficar provado que elas contêm fósseis de fauna além de pólen. Essa possibilidade dá mais ímpeto à nossa procura por ossos antigos. Até agora, só arranhamos a superfície

Já foram encontrados vasos sanguineos en fosseis de dinossauros


Genuínas células sangüíneas vermelhas em ósseos fósseis de um Tyrannosaurus rex? Com traços da proteína sangüínea hemoglobina (que dá ao sangue a cor vermelha e transporta oxigênio)? Isso soa ridículo... para os que crêem que esses restos de dinossauros têm, no mínimo, 65 milhões de anos.
É claro que esse fato é bem menos surpreendente para as pessoas que acreditam em Gênesis, caso em que os resquícios de dinossauros têm no máximo alguns milhares de anos.
Num artigo recente,1 cientistas da Universidade Estadual de Montana (Montana State University), aparentemente lutando para que a sua prudência profissional contivesse o seu lógico entusiasmo diante das descobertas, discorreram sobre as evidências que parecem sugerir fortemente que traços de sangue genuíno de um T. rex tenham realmente sido encontrados.
Tudo começou com a descoberta de um esqueleto de T. rex muito bem preservado nos Estados Unidos, em 1990. Quando os ossos foram trazidos para o laboratório da Universidade Estadual de Montana, observou-se que "algumas partes profundas do comprido osso da perna não tinham sido completamente fossilizadas." O achado de ossos de dinossauro não fossilizados é uma indicação mais consistente com uma idade pequena para os fósseis (veja abaixo).
O RELATO
Let Mary Schweitzer, a cientista mais envolvida com este achado, inicia a história de quando seus colegas se revezavam olhando em um microscópio uma fina seção desse osso de T. rex completo com canais de vasos sangüíneos.
O laboratório ficou repleto de murmúrios de assombro, pois eu havia focalizado algo dentro dos vasos que nenhum de nós jamais vira antes: pequenos objetos redondos, vermelhos, translúcidos e com um centro escuro. Então um colega deu uma olhada neles e gritou: "Você focalizou células sangüíneas vermelhas, você focalizou células sangüíneas vermelhas!".2
Schweitzer confrontou seu chefe, o famoso paleontólogo 'Dinossauro' Jack Horner, com suas dúvidas sobre como essas poderiam realmente ser células sangüíneas. Ele lhe sugeriu que tentasse provar que não se tratava de hemácias, e ela disse: "Até agora, nós não conseguimos fazer isso.'
Procurar DNA de dinossauro em tal espécie era realmente tentador. Mas fragmentos de DNA podem ser encontrados em quase toda parte - de fungos, bactérias, digitais humanas - e assim fica difícil estar absolutamente certo de que alguém tem DNA daquela espécie. A equipe de Montana encontrou, junto com DNA de fungos, insetos e bactérias, seqüências de DNA não-identificáveis, mas não podia afirmar que estas não poderiam ter sido seqüências misturadas de organismos atuais. Contudo, o mesmo problema não poderia haver para a hemoglobina, a proteína que dá cor vermelha ao sangue e carrega oxigênio, assim eles procuravam esta substância no osso fossilizado.
AS EVIDÊNCIAS
As evidências de que a hemoglobina realmente sobreviveu neste osso de dinossauro (o que lança grandes incertezas sobre a idéia de "milhões de anos") são, até agora, as seguintes:
O tecido apresentava uma cor vermelho-amarronzado, a cor da hemoglobina, como era o líquido extraído do tecido do dinossauro.
" A hemoglobina contém unidades. Códigos químicos exclusivos do heme foram encontradas em espécies quando certos comprimentos de onda de laser foram aplicados.
" Por conter ferro, o heme reage a campos magnéticos diferentemente de outras proteínas - extratos desta espécie reagiram do mesmo modo que os modernos compostos heme.
" Para assegurar-se de que as amostras não tinham sido contaminadas com certas bactérias que têm heme, (mas nunca a proteína hemoglobina) extratos do fóssil de dinossauro foram injetadas em ratos por várias semanas. Se houvesse mesmo uma minúscula quantidade de hemoglobina presente na amostra do T. Rex, o sistema imunológico dos ratos construiria anticorpos detectáveis contra esse composto: foi precisamente o que aconteceu em experiências cuidadosamente controladas
A evidência de hemoglobina e de formas ainda reconhecíveis de hemácias em ossos de dinossauros não fossilizados é um poderoso testemunho contra toda a idéia de dinossauros vivendo há milhões de anos. Ela fala volumes em favor da narrativa Bíblica de uma criação recente.
Mais sobre ossos de dinossauro "fresquinhos"
Dizer que um osso pode permanecer intacto por milhões de anos sem se fossilizar (mineralizar-se) desafia a credibilidade. O presente relato sobre células sangüíneas vermelhas em uma fração não fossilizada de osso de dinossauro NÃO é o primeiro caso do tipo já descoberto.
A Bióloga Dra. Margaret Helder alertava leitores da revista "Creation" (Criação) para achados documentados de ossos de dinossauro não fossilizados e "fresquinhos" já em 1992.3
MMais recentemente, baseada nesses relatos, uma equipe associada a Buddy Davis, um membro da equipe do Answers in Genesis, (Respostas em Gênesis), no norte de Kentucky, descobriu, da mesma forma, ossos de dinossauro não fossilizados do Alaska.4

Dinossauros descobertos no Saara


CHICAGO – Dois dinossauros de 110 milhões de anos recém-escavados no deserto do Saara vêm para se juntar ao grupo de carnívoros nada comum que habitavam os continentes meridionais durante o período do Cretáceo. Batizados de Kryptops e Eocarcharia em uma dissertação a ser publicada neste mês na revista científica Acta Palaeontologica Polonica, os fósseis foram descobertos em 2000 por uma expedição chefiada pelo paleontologista Paul Sereno, da universidade de Chicago e explorador-residente da National Geographic Society.
Sereno e Stephen Brusatte, paleontologista da universidade de Bristol, co-autor da pesquisa,
dizem que os novos fósseis fornecem um vislumbre de um estágio anterior da evolução desses carnívoros bizarros do Gondwana, a massa de terra austral. “O T-rex se tornou uma figura de tanto destaque quando se fala do Cretáceo que a maior parte das pessoas nem se dá conta de que nenhum tiranossauro jamais colocou as patas em um continente do sul”, declarou Sereno. O que se via lá eram dinossauros carnívoros muito peculiares; alguns deles não se parecem em nada como o “rei tirano”, apesar de compartilhar de seu gosto por carne fresca.
O Kryptops palaios, ou “rosto velho escondido”, tem focinho curto e recebeu este nome devido à cobertura em forma de chifre que aparentemente escondia todo o seu rosto. “A melhor maneira de imaginarmos os hábitos de alimentação do Kryptops é compará-lo a uma hiena veloz de duas patas que mastigava e dilacerava carcaças”, observa Brusatte. Assim como membros de seu grupo (chamado de abelissaurídeos) surgidos posteriormente na América do Sul e na Índia, o Kryptops tinha mandíbulas curtas reforçadas com dentes pequenos que seriam mais adequados para engolir entranhas e roer carcaças do que para pegar presas vivas. Com cerca de 7,6 metros de comprimento, o Kryptops foi um carnívoro voraz;
O Eocarcharia dinops, ou “tubarão de olhos sagazes do amanhecer”, contemporâneo do Kryptops e de porte similar ao dele, recebeu este nome devido a seus dentes em forma de lâmina e por ter a sobrancelha ossuda e proeminente. Diferentemente do Kryptops, seus dentes foram feitos para prejudicar presas vivas e arrancar partes do corpo. O Eocarcharia e seus aparentados (chamados de carcharodontossaurídeos) deram origem aos maiores predadores dos continentes austrais, comparando-se ao tiranossauro em tamanho – às vezes, até ultrapassando-o. A sobrancelha do Eocarcharia parece uma enorme faixa inchada de osso, conferindo-lhe olhar ameaçador.
“Ataques com o supercílio podem não estar longe da verdade”, observa Sereno. Ele e Brusatte sugerem no estudo que a sobrancelha robusta do Eocarcharia e seus aparentados pode ter sido usada como arma de ataque contra rivais, na disputa por direitos de acasalamento.
A área dos fósseis, onde hoje é o Níger, abrigava uma ampla gama de espécies bizarras. O Kryptops, assemelhado a uma hiena, o Eocarcharia, com dentes de tubarão, e Suchomimus (“imitador de corcodilo”), comedor de peixes com uma espécie de vela nas costas, formam um trio carnívoro que caracteriza o período cretáceo na África e possivelmente em outras massas de terra do sul do planeta.
A presa principal dele era o Nigersaurus, herbívoro de pescoço comprido que se alimentava junto do solo, e viviam lado a lado com o enorme crocodilo extinto apelidado de “SuperCroc” (Sarcosuchus). Naquele tempo, o continente africano fazia parte do Gondwana e estava apenas começando a se separar da América do Sul.
Entre os financiadores da pesquisa estão a National Geographic Society, a David and Lucile Packard Foundation, a Pritzker Foundation e a Women’s Board da universidade de Chicago.***
A dissertação científica está disponível (em inglês) no site app.pan.pl. Para obter mais informações a respeito de dinossauros recém-descobertos, as espécies que foram suas contemporâneas, o hábitat no Cretáceo e a expedição que descobriu os fósseis, visite projectexploration.org.
Ouça a entrevista com o paleontologista Paul Sereno.